"Sou o que sou, e não o que a sociedade espera de mim. Posso ser chamado de louco por isso, mas somente os loucos são realmente felizes dentro da sua sabedoria."

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Felicidade = Amor (próprio)

Por que a felicidade está sempre ligada ao amor nas mentes das pessoas? E por que esse amor tem sempre que ser por alguém "especial"? E não acreditam quando você diz que não é amor! E aí, quando você aceita que é amor (só para não discutir mais), não acreditam que é por você mesmo ou pela vida.

Afinal de contas, pode alguém apaixonar-se pela vida? Alguns vão logo ter pensamentos boêmios... E enamorar-se de si, é possível? Claro que, de certa forma, não se pode fazer o que normalmente se faz (falo de sexo), mas para todos os efeitos...

Digo que sim, estou sim apaixonado por mim mesmo, e me apaixono cada dia mais. E cada dia mais essa felicidade cresce e meu sorriso se alarga. Amante da vida sim! E de tudo o que com ela vem!

Pudera eu ser um boêmio! Mas na sociedade em que vivemos, na qual não se pode escolher o que ser porque você precisa ser o que é imposto a você, essa é uma ideia absurda e louca. Na minha cabeça, porém, esse mundo à parte dessa sociedadezinha...

Não digo que o amor e a felicidade não andam juntos, eles podem sim se relacionar, se enamorar, e afins. Mas o amor nem sempre traz felicidade. Bom, disso todos estão cansados de saber: o amor pode trazer sofrimento se não for correspondido e blá blá blá, aquela ladainha toda que me dá preguiça de escrever agora.

Algumas pessoas dizem que amor de família é o mais forte, o melhor e mais sincero. Outras defendem que o amor de bichos de estimação não tem igual (que fofos!). Mas sou defensor do amor próprio! Como amar ao próximo sem amar a si mesmo?

Recalque? Quero não, não preciso.
Falta de romance? Mando um bilhetinho junto com as flores dizendo que não sou nenhum anti-romântico.
Falta de sexo? Opa, talvez... (rs)

A minha mensagem aqui é a seguinte: essas coisas que cheguei a citar e muitas outras dependem de outras pessoas. Seja independente, seja auto-suficiente, mesmo no amor. Acima de tudo: seja você e ame o que você é. O restante vem naturalmente.

E é por isso que sou apaixonado por mim e também pela vida.

segunda-feira, 22 de julho de 2013

2 em 1

Me tranco cada vez mais em mim. Ninguém consegue entrar, até mesmo eu pareço não gostar de tentar.
As chaves estão por aí, não sei onde estão.
É que comecei a não me importar mais.

Às vezes sinto como se houvesse dois de mim. Um livre, esse que não se importa mais, e o que ficou trancado - ou se trancou. O segundo não sai de lá, está sempre com medo, sempre aflito e erguendo barreiras e proteções.
Esses dois não conversam entre si nunca. Parece que estão sempre de "cara virada" um pro outro.
Há dias em que só me vejo como o ser enjaulado em mim mesmo. Outros, sou só o ser livre, que voa na direção que quiser sem medo de nada.

Mas qual dos dois sou eu realmente? Sei lá...
Talvez os dois.

Sei lá.

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Inspiração

Preciso achar uma nova inspiração, uma musa inspiradora ou herói grego sobre quem escrever. Escreverei sobre seus olhos astutos e perspicazes que captam cada movimento ao redor.Ou serão olhos sonhadores e distantes, como quem está sempre mergulhado em pensamentos...?
Escreverei sobre a boca macia, mas que pode causar muitos danos com apenas alguns movimentos de seus lábios.
Falarei sobre a voz grave e doce e hipnotizante que tens. Isso se, após ouvi-la, ainda me lembrar de quem sou e onde estou.
Direi coisas sobre seu corpo, que morrerei de vontade de tocar. Corpo que sonharei ser só meu. E imaginarei muito mais coisas do que direi!
Escreverei sobre as mãos, tão macias e delicadas, mas tão firmes e seguras ao mesmo tempo.
Seus braços fortes e seu peito vulnerável não me escaparão.
Serás minha musa, meu herói, digno de odes e cantos e histórias.
Escreverei muito sobre esse ser. Assim que encontrá-lo. Só preciso encontrá-lo.

sexta-feira, 12 de julho de 2013

As palavras engasgadas

Queria te dizer tudo o que sinto, mas sinto que não posso.
Por vezes sinto que divides o mesmo sentimento, mas acabo por pensar que é imaginação ou um sonho meu.
Olhar para sua foto não é uma coisa fácil para mim. O coração dispara - ainda esta semana te falei que fiquei com palpitação... (rs). A mente também dispara. Lembranças afloram.
Nos últimos dias tenho me lembrado várias vezes daquela noite. E de algumas outras vezes em que estávamos juntos e que ríamos juntos.
Nem sei o que dizer realmente.
Achei que o tempo me ajudaria a esquecer, ou a superar, mas estou vendo que não funcionou. Procurei em outros sorrisos o brilho que vi no seu, vem vão.
Não consigo te esquecer. Por mais que eu tente, por mais que machuque estar sem você, por mais que machuque te ver viver (e ser feliz!) sem mim ao seu lado, não consigo deixar de olhar sua foto, de pensar em você e imaginar como teria sido...
Eu disse uma vez que acabei me acostumando. Agora, acho que me acostumei mesmo à dor.
(Essa última parte soou muito como Crepúsculo. Eca.)
Sei que um dia nos veremos de novo. Enquanto isso, serei como o seu Fantasma da Ópera: observando das sombras...

Acho mesmo que te amo.

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Um beijo... inesperado

Um olhar trocado. Um meio sorriso. Um toque.
Um gesto.
Palavras trocadas, oi, agora nos conhecemos.
E seguimos conversando, e trocando sorrisos e gestos... e toques...
Até que (enfim!) trocamos um beijo. Demorado. Depois outro. E mais outro...
Não foi o beijo que eu esperava - não que eu esteja reclamando! Na verdade, eu nem esperava, mas gostei bastante!
Seus olhos me diziam uma coisa, mas suas mãos e corpo acabaram dizendo outra. E eu só me deixei levar naquele momento, porque queria ver até onde você iria chegar...

Gostei mesmo de você.
Assim como gostei mesmo dos outros que passaram.
Assim como gostarei mesmo dos próximos, pois haverá próximos!
Haverá próximos até que alguém me faça desistir por livre e espontânea vontade deles. Será você esse alguém? Não sei e nem espero que seja, como nem esperava aqueles beijos naquele lugar e mesmo assim me deixei levar. Como nem esperava seu rosto lindo com o meu, sorrindo para mim.
Gostei mesmo de te conhecer...

quarta-feira, 3 de abril de 2013

Renascimento de mim

Serei, pois, como a fênix,

Que já cansada do peso desta vida

Agoniza, no meio de sua pira,

E queima, num show belíssimo,

Enquanto o aroma da mirra inunda o ar,

Juntamente com o último grito

Da ave decadente.


terça-feira, 2 de abril de 2013

As palavras...

Estou sem palavras!
Preciso de novas!
Preciso reencontrar algumas antigas...
Quero mais palavras do que posso usar.
Várias palavras vêm e vão, mas nenhuma fica de vez.
Não consigo segurá-las!
Elas parecem ter vida própria.
Chego a vê-las flutuando à minha volta...
Dançando... intocáveis.

Delas, não consigo ver qual está mais próxima de mim, e nem qual é a mais distante.

Até que consigo ler uma: SONHO.
Seguindo-a, vem esta: FELICIDADE.
Elas flutuam uma atrás da outra, à frente de muitas outras, mas ainda fora do meu alcance.

Uma outra vem perigosamente perto de mim: RESIGNAÇÃO.
Com essa tento tomar muito cuidado.

Uma delas vem direto até mim, repentinamente: RISO.
Seguindo esta, assim como a outra, vem a FELICIDADE.
O RISO, trazendo consigo a FELICIDADE, fica cada vez mais próximo. Consigo palpá-lo. Quando ele se vai, vem o SORRISO para ancorar um pouco mais a FELICIDADE.

Na multidão de palavras, uma pequena parece encolher-se, ficando ainda menor do que já é: .
E isso também acontece com o AMOR.
Mesmo juntas elas parecem não ter muita força.

Mas aí surge uma outra: AMIZADE.
Essa faz com que as duas outras se renovem, elas parecem respirar fundo e se reerguer.

A CONFUSÃO está toda espalhada e a INCERTEZA não consegue parar de pé. Apesar disso, ainda estão lá.

O CHORO parece estar amarrado a outras palavras, que o carregam com certa dificuldade, como um peso. FELICIDADE e TRISTEZA são algumas delas. Mas há também o ENTENDIMENTO...

O MEDO vem e vai, como se estivesse brincando num balanço fantasmagórico.
Já a CORAGEM se posta mais firme a seu lado.

Outra vez olho para o SONHO. Ele parece estar mais próximo agora. Só um pouquinho mais.

Muitas outras palavras dançam no quarto. Algumas nem são vistas, mas são sentidas.

Depois de uma longa piscada elas somem da vista.
Mas não confunda VISTA com VIDA.

terça-feira, 26 de março de 2013

Num dia qualquer...

E papo vai, papo vem, de repente o seu nome surge. Vindo do nada, assim mesmo. Meu olhar meio que perdeu o foco. E foi aí.

A porta da cafeteria se abriu. Mas não era qualquer pessoa. Era você. E com um sorriso tão lindo quanto eu podia me lembrar.

Você entrou e olhou à volta. Alguém deve ter acenado para você porque você acenou de volta. A verdade é que eu nem vi nada além de você.

Você foi caminhando e olhando em volta, talvez procurando uma mesa vazia ou alguém que esperava por você. A conversa na minha mesa já nem era mais ouvida. Meus olhos não se desprendiam de você.

Você se virou para onde eu estava. Nesse momento, (impressão minha?) seu sorriso alargou-se. Você já dava o seu melhor sorriso, com olhos azuis a sorrir junto, vindo em minha direção agora. O burburinho da cafeteria estava tão distante... e você também parecia estar.

Com você a meio caminho de onde eu estava eu me levantei. Meu amigo me olhou com cara de "que foi, tá louco?" mas eu nem liguei.

Enfim, (depois do que me pareceu uma vida inteira) você estava na minha frente. Me abraçou, te abracei de volta. Nos apertamos um contra o outro, olhamos nos olhos um do outro, com olhos sorridentes, e chegamos mais perto.

E aí você parou. E disse aquelas duas palavras, aquelas das quais eu nunca vou me esquecer, das quais vou sempre me arrepender.

"Não posso."

Nosso abraço se afrouxou. Seus pés te levaram todo o caminho de volta para a porta, e você se foi. Mais uma vez. E mais uma vez nem ao menos nos despedimos.

quarta-feira, 20 de março de 2013

Carta a um tal de E...

Lembro-me daquela noite como se fosse ontem.

Me lembro dos seus braços me envolvendo, me erguendo e me levando. Lembro dos seus olhos claros, parecia quem tinham luz própria, uma luz azul que emanava e me iluminava por inteiro. Seu hálito, próximo a mim, me indicava que seus lábios estavam muito perto dos meus. Lembro também de certas palavras sussurradas no meu ouvido... e do arrepio que as seguiu.

Mas me lembro também (e disso eu gostaria muito de me esquecer) das duas palavras que eu mais usei naquela noite:

"Não posso."

Sua frustração foi aparente. Desculpa.

Naquela noite, mesmo eu querendo, parecia tão arreado.

Senti a amargura do arrependimento. Ah! Como eu quis que aquela noite voltasse!

Logo depois, mais duas palavras... como dizer? Me balançaram muito mais do que arrependimento anterior:

"Estou namorando."

Uau.

Acho até que meu desapontamento foi óbvio, não consegui escondê-lo. Mas, se você havia ficado feliz com aquilo, acho que tudo bem.

Meus olhos vertiam rios quando ninguém estava olhando. Sua voz, seus olhos, seu hálito permaneciam na minha cabeça, marcas queimadas a ferro e fogo.

Aquela noite não volta. Mas eu ainda tenho um fio de esperança. Bem fino, para ser sincero, mas tenho. Esperança de que um dia nos veremos de novo. E faremos certo o que naquela noite parecia tão errado.

Com amor.

Rafael Carvalho.

segunda-feira, 11 de março de 2013

Da janela

Ele se dirigiu para a janela e, afastando as cortinas, olhou para fora.


O que viu lá não foi exatamente o que esperava.

As meninas que estavam de passagem tinham asas coloridas e brilhantes, que se moviam gloriosas. Já outras, possuíam narizes de gancho verruguento.

Um homem que passava parecia ter palavras pintadas pelo rosto. Olhando melhor, ele viu que eram palavras mesmo, e que todos riam-se ao passar por esse homem. E ele gostava! E era aí que as palavras pareciam mudar-se em outras mais engraçadas que as primeiras.

Olhou então para cima, rindo-se do tal homem, e prestou atenção à forma azul de uma extensão indescritível. Nada além de um telhado que cobria o mundo.

Voltou, então, os olhos para dentro do próprio quarto. Algo chamou sua atenção ao se mover dentro do travesseiro. Cutucando-o, viu sair dele nada menos que um beijo. Aliás, não só viu, como sentiu-o nos lábios. E não era qualquer beijo, mas aquele com que sempre sonhara...

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Preciso...



Preciso
Sair
E beber,
E dançar,
E talvez
Nem voltar.

Nem voltar
Como eu
Mesmo,
Ou talvez
Nem voltar
Mesmo.

O dia
É noite
E esta
É eterna
Até que
Acabe.

A lua,
Deusa,
Brilha alta.
Alta como
A música,
E eu.

Alto...
Álcool...
Onde estou?
“Te conheço
De algum
Lugar...”

Meus pés
Se movem,
Pessoas passam,
A música alta
Como a lua,
Como eu.

Eu que
Te conheço,
Mas não
Me conheço,
Estou aqui
Para esquecer.

Deixar
Pra trás,
Rir, sorrir,
Me divertir,
E talvez
Nem voltar

Nem voltar
A ser
Eu mesmo,
Ou só ser
Eu mesmo,
Sempre.

Ou não
Voltar só
Por hoje
(ponha a vírgula
Onde e se
Quiser).

domingo, 27 de janeiro de 2013

À minha inspiração...

A todo lugar que vou fico a procurar-te. Olho, e fico feliz ao encontrar-te no lugar de sempre. Quando não estás lá, parece que falta-me algo. Quando lá estás, fico imaginando que estás a me observar enquanto admiro-te. Posso estar completamente equivocado, mas gosto de pensar que tu estás a contemplar-me também.

Observo-te sempre que posso. Mesmo que não estejas a me ver, estou dirigindo-te o olhar.

Que sorriso gracioso tens! Fico perplexo, quase paralisado pelo êxtase quando olho para ti e vejo-te a sorrir! Tens um sorriso cheio de luz.

Mesmo quando pareces estar envergonhada, escondendo-se de olhares alheios (inclusive o meu) consegues ser deslumbrante!

Por vezes tu apareces cheia de ti. Presunçosa, sem medo de mostrar-te e ser invejada por toda a tua beleza. És mais linda do que qualquer rainha jamais foi, e tão simples quanto qualquer dama. És, porém, mais que uma rainha, és uma deusa. Afrodite talvez tivesse inveja, pois tu és, para mim, a mais bela de todas.

Vista-se para mim com seu manto escuro, o mais belo e cheio de brilhantes! Sorria seu sorriso de brilho perolado! Mostra-te bela, a mais bela de todas!

És para mim uma inspiração.

Diana, senhora das caçadas (se é que tenho permissão para usar este título antigo)... espero poder ter-te sempre por perto, para que possa continuar a contemplar-te e a maravilhar-me com tua luz. Quisera eu poder ir até onde estás agora e abraçar-te inteira, ficar bem perto de ti... Mas não posso, e por isso fico feliz só em observar-te de longe...