Ele se dirigiu para a janela e, afastando as cortinas, olhou para fora.
Um homem que passava parecia ter palavras pintadas pelo rosto. Olhando melhor, ele viu que eram palavras mesmo, e que todos riam-se ao passar por esse homem. E ele gostava! E era aí que as palavras pareciam mudar-se em outras mais engraçadas que as primeiras.
Olhou então para cima, rindo-se do tal homem, e prestou atenção à forma azul de uma extensão indescritível. Nada além de um telhado que cobria o mundo.
Voltou, então, os olhos para dentro do próprio quarto. Algo chamou sua atenção ao se mover dentro do travesseiro. Cutucando-o, viu sair dele nada menos que um beijo. Aliás, não só viu, como sentiu-o nos lábios. E não era qualquer beijo, mas aquele com que sempre sonhara...
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