"Sou o que sou, e não o que a sociedade espera de mim. Posso ser chamado de louco por isso, mas somente os loucos são realmente felizes dentro da sua sabedoria."

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Um último adeus...

Você me deixou aqui sozinho quando você era tudo o que eu tinha. Você partiu. E eu sei que você nunca mais voltará.

Como eu chorei! Meu Deus, como eu sofri por isso! Parecia que junto com você havia ido um pedaço de mim, deixando um buraco onde antes havia algo.

Foi assim mesmo que me senti: como se me faltasse um órgão essencial, tamanha era a falta que eu sentia. E lágrimas brotavam sempre que eu me lembrava...

Hoje eu acho que já aceitei o que aconteceu. Sei que foi para o seu próprio bem, que você está melhor agora. E se não estiver, tenho certeza de que ficará logo. Mas saiba que você levou uma parte de mim, e deixou uma parte sua para trás, que está entranhada em mim e que ainda dói um pouco. Mas a dor é suportável.

Você me deixou sua melhor parte. As melhores lembranças. E, embora as lágrimas ainda brotem quando me lembro, já consigo controlá-las. E saiba também que, mesmo sem você aqui, vou sempre desejar o seu bem, porque vou sempre te amar.

Vá com Deus.

sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Fogo

Na esperança de que aquele tempo que foi tão bom voltasse um dia, ele ainda guardava a cartinha que ganhou e que lhe arrancou muitas lágrimas de felicidade na época. Aquele pedaço de papel para muitos não era nada além de uma folha simples escrita numa letra feia, mas para ele tinha um significado todo especial, toda uma história. História essa que não teve o final esperado, e por isso o pedaço de papel assumia outro papel: o de lhe lembrar do que foi e do que poderia ter sido.
Sempre que ele lembrava do papel tinha esses pensamentos tristes.
E foi então que tomou uma decisão. Pegou a carta, molhou-a com um pouco de álcool e jogou um fósforo aceso em cima dela. No mesmo instante, todo o papel ardeu em chamas. Em poucos segundos, a folha já começava a ficar mais e mais negra. Algumas palavras ainda podiam ser lidas no centro da carta, mas logo elas também foram consumidas pelo calor.
E todo aquele sentimento ruim que pesava sobre ele pareceu queimar junto com o papel e se dissolver junto com a fumaça.
Sentia-se livre novamente. Agora, quando se lembrava da cartinha, já não pensava mais nas coisas de antes. Pensava apenas no fogo. Afinal, tudo não passou disso: fogo. Ardeu, e então se extinguiu. E só isso.

terça-feira, 26 de agosto de 2014

"Fly away from here"

Abrirei minhas asas, estas que agora são maiores que antes, pois o tempo as fez crescer comigo, e voarei! Verei a cidade iluminada à noite, os carros e ônibus passando, os prédios e casas com suas janelinhas acesas. Admirarei a Dama Branca, a rainha soberana da noite, bem de perto. Verei toda a vida que há na paisagem noturna da cidade.
Serei apenas eu e minhas asas. Lá no alto. E não me sentirei solitário, pois sei que há pessoas que sempre estarão lá para me guiar, a qualquer momento que eu precisar. E sei também que, algum dia, encontrarei alguém que também tenha asas e que também goste de observar as luzes e a vida da cidade, bem como a Dama Branca em todo seu esplendor, sentindo o vento frio no rosto. Para ele eu escreverei linhas e mais linhas, derramarei mais lágrimas - mas de felicidade - e, enfim, serei simples, pura e completamente feliz.

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Um Acordo

Existe um momento em nossas vidas em que nos sentimos vazios. E esse momento chega a ser desesperador. Mas aí, eis que das sombras surge outra alma desesperada e carente, e mesmo sem que sintam algo concreto um pelo outro os dois se abraçam, se beijam e se amam.

Há nisso um acordo silencioso: "eu não te deixo sozinho se você não me deixar sozinho." Portanto, não podemos dizer que há um sentimento de carinho propriamente dito, mas sim de medo. Medo, sim. Medo de ficar sozinho, medo de que ninguém mais queira o que aquela outra pobre alma parece querer.

E assim, nas sombras do medo, eles continuam a se abraçar e se beijar, trocando palavras de afeto, porém com a certeza de que a segurança só irá durar alguns curtos momentos nos braços do outro. Mas pouco importa. Esses poucos momentos serão bem aproveitados, afinal o medo faz com que as pessoas se agarrem a alguém próximo e que continuem assim até esse medo passar... Ou até que se transforme em algo mais profundo...

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Felicidade = Amor (próprio)

Por que a felicidade está sempre ligada ao amor nas mentes das pessoas? E por que esse amor tem sempre que ser por alguém "especial"? E não acreditam quando você diz que não é amor! E aí, quando você aceita que é amor (só para não discutir mais), não acreditam que é por você mesmo ou pela vida.

Afinal de contas, pode alguém apaixonar-se pela vida? Alguns vão logo ter pensamentos boêmios... E enamorar-se de si, é possível? Claro que, de certa forma, não se pode fazer o que normalmente se faz (falo de sexo), mas para todos os efeitos...

Digo que sim, estou sim apaixonado por mim mesmo, e me apaixono cada dia mais. E cada dia mais essa felicidade cresce e meu sorriso se alarga. Amante da vida sim! E de tudo o que com ela vem!

Pudera eu ser um boêmio! Mas na sociedade em que vivemos, na qual não se pode escolher o que ser porque você precisa ser o que é imposto a você, essa é uma ideia absurda e louca. Na minha cabeça, porém, esse mundo à parte dessa sociedadezinha...

Não digo que o amor e a felicidade não andam juntos, eles podem sim se relacionar, se enamorar, e afins. Mas o amor nem sempre traz felicidade. Bom, disso todos estão cansados de saber: o amor pode trazer sofrimento se não for correspondido e blá blá blá, aquela ladainha toda que me dá preguiça de escrever agora.

Algumas pessoas dizem que amor de família é o mais forte, o melhor e mais sincero. Outras defendem que o amor de bichos de estimação não tem igual (que fofos!). Mas sou defensor do amor próprio! Como amar ao próximo sem amar a si mesmo?

Recalque? Quero não, não preciso.
Falta de romance? Mando um bilhetinho junto com as flores dizendo que não sou nenhum anti-romântico.
Falta de sexo? Opa, talvez... (rs)

A minha mensagem aqui é a seguinte: essas coisas que cheguei a citar e muitas outras dependem de outras pessoas. Seja independente, seja auto-suficiente, mesmo no amor. Acima de tudo: seja você e ame o que você é. O restante vem naturalmente.

E é por isso que sou apaixonado por mim e também pela vida.

segunda-feira, 22 de julho de 2013

2 em 1

Me tranco cada vez mais em mim. Ninguém consegue entrar, até mesmo eu pareço não gostar de tentar.
As chaves estão por aí, não sei onde estão.
É que comecei a não me importar mais.

Às vezes sinto como se houvesse dois de mim. Um livre, esse que não se importa mais, e o que ficou trancado - ou se trancou. O segundo não sai de lá, está sempre com medo, sempre aflito e erguendo barreiras e proteções.
Esses dois não conversam entre si nunca. Parece que estão sempre de "cara virada" um pro outro.
Há dias em que só me vejo como o ser enjaulado em mim mesmo. Outros, sou só o ser livre, que voa na direção que quiser sem medo de nada.

Mas qual dos dois sou eu realmente? Sei lá...
Talvez os dois.

Sei lá.

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Inspiração

Preciso achar uma nova inspiração, uma musa inspiradora ou herói grego sobre quem escrever. Escreverei sobre seus olhos astutos e perspicazes que captam cada movimento ao redor.Ou serão olhos sonhadores e distantes, como quem está sempre mergulhado em pensamentos...?
Escreverei sobre a boca macia, mas que pode causar muitos danos com apenas alguns movimentos de seus lábios.
Falarei sobre a voz grave e doce e hipnotizante que tens. Isso se, após ouvi-la, ainda me lembrar de quem sou e onde estou.
Direi coisas sobre seu corpo, que morrerei de vontade de tocar. Corpo que sonharei ser só meu. E imaginarei muito mais coisas do que direi!
Escreverei sobre as mãos, tão macias e delicadas, mas tão firmes e seguras ao mesmo tempo.
Seus braços fortes e seu peito vulnerável não me escaparão.
Serás minha musa, meu herói, digno de odes e cantos e histórias.
Escreverei muito sobre esse ser. Assim que encontrá-lo. Só preciso encontrá-lo.

sexta-feira, 12 de julho de 2013

As palavras engasgadas

Queria te dizer tudo o que sinto, mas sinto que não posso.
Por vezes sinto que divides o mesmo sentimento, mas acabo por pensar que é imaginação ou um sonho meu.
Olhar para sua foto não é uma coisa fácil para mim. O coração dispara - ainda esta semana te falei que fiquei com palpitação... (rs). A mente também dispara. Lembranças afloram.
Nos últimos dias tenho me lembrado várias vezes daquela noite. E de algumas outras vezes em que estávamos juntos e que ríamos juntos.
Nem sei o que dizer realmente.
Achei que o tempo me ajudaria a esquecer, ou a superar, mas estou vendo que não funcionou. Procurei em outros sorrisos o brilho que vi no seu, vem vão.
Não consigo te esquecer. Por mais que eu tente, por mais que machuque estar sem você, por mais que machuque te ver viver (e ser feliz!) sem mim ao seu lado, não consigo deixar de olhar sua foto, de pensar em você e imaginar como teria sido...
Eu disse uma vez que acabei me acostumando. Agora, acho que me acostumei mesmo à dor.
(Essa última parte soou muito como Crepúsculo. Eca.)
Sei que um dia nos veremos de novo. Enquanto isso, serei como o seu Fantasma da Ópera: observando das sombras...

Acho mesmo que te amo.

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Um beijo... inesperado

Um olhar trocado. Um meio sorriso. Um toque.
Um gesto.
Palavras trocadas, oi, agora nos conhecemos.
E seguimos conversando, e trocando sorrisos e gestos... e toques...
Até que (enfim!) trocamos um beijo. Demorado. Depois outro. E mais outro...
Não foi o beijo que eu esperava - não que eu esteja reclamando! Na verdade, eu nem esperava, mas gostei bastante!
Seus olhos me diziam uma coisa, mas suas mãos e corpo acabaram dizendo outra. E eu só me deixei levar naquele momento, porque queria ver até onde você iria chegar...

Gostei mesmo de você.
Assim como gostei mesmo dos outros que passaram.
Assim como gostarei mesmo dos próximos, pois haverá próximos!
Haverá próximos até que alguém me faça desistir por livre e espontânea vontade deles. Será você esse alguém? Não sei e nem espero que seja, como nem esperava aqueles beijos naquele lugar e mesmo assim me deixei levar. Como nem esperava seu rosto lindo com o meu, sorrindo para mim.
Gostei mesmo de te conhecer...

quarta-feira, 3 de abril de 2013

Renascimento de mim

Serei, pois, como a fênix,

Que já cansada do peso desta vida

Agoniza, no meio de sua pira,

E queima, num show belíssimo,

Enquanto o aroma da mirra inunda o ar,

Juntamente com o último grito

Da ave decadente.