"Sou o que sou, e não o que a sociedade espera de mim. Posso ser chamado de louco por isso, mas somente os loucos são realmente felizes dentro da sua sabedoria."

domingo, 16 de outubro de 2011

"Chuva"...

Ela cai lá fora e aqui dentro. Lá ela molha tudo, aqui molha pouco. Mas não por falta de água, pois isso escorre sem parar das duas nuvens redondas que são os meus olhos. Nuvens redondas e vermelhas, das quais a chuva escorre numa tempestade sem fim.
A água escorre pelo meu corpo e, entre soluços e suspiros, me lava por inteiro: dentro e fora de mim. Sinto como se a chuva de todo o verão quisesse desabar na mesma hora.
Aliás, é bom que chova. Sempre depois que ela acaba vem aquele sentimento de alívio. Pode não vir o sol, mas ao menos fui lavado, de dentro para fora, e estou pronto para mais um pouco.
Enfim, não resolvi meus problemas com isso tudo, mas posso ter aumentado minha resistência a eles por hora. E assim continuo, até o dia em que a chuva insistir em escorrer novamente destes olhos.

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